História e futebol

 Dia de mais uma aventura, e hoje falaremos sobre a paixão do brasileiro: o Futebol! Vamos voltar a São Paulo, nas décadas de 30 e 40, pra contar sobre como o time que leva o nome da cidade recebeu o título de "o mais querido", e bateu de frente com o presidente da República. 

 O clima entre os paulistas e o governo federal já não era dos melhores desde a revolução constitucionalista de 32. É nesse período que é fundado o São Paulo Futebol clube, o caçula da capital, que após alguns problemas, fecha as portas e é refundado em 1935. Em 1937 um evento em particular deixaria as relações ainda mais complicadas. Em cerimônia realizada na Praça Roosevelt, no Rio de Janeiro, no dia 27 de novembro de 37, às bandeiras estaduais foram queimadas em uma pira, dando lugar a apenas uma: a bandeira nacional. O governo passava então a ideia de um Brasil unido, sem espaço para as outros símbolos ou ideias que viessem a separar o povo, como dito no discurso do então ministro da justiça, Francisco Campos. 

 Os anos se passaram, e chegamos então a 27 de abril de 1940, no meio do estado novo de Getúlio, data da inauguração do Estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu. O presidente se fez presente no evento, e logo se veria numa situação desagradável. Pro evento, foram convidadas equipes do Uruguai, Argentina, Além das equipes da capital paulista. Entraram em campo o Palestra, Corinthians, Ypiranga, Paulistano, Juventus, etc. A surpresa ficaria pro final.

 Por último entraria o time do Morumbi, carregando o nome do estado, e no uniforme, as cores da bandeira, proibida anos antes por aquele que assistia tudo da tribuna. O público de aproximadamente 50 mil pagantes viria abaixo com tal atitude. Sendo ovacionado inclusive pela torcida rival, a ação tricolor lhe renderia o título de time mais querido da cidade